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  • Foto do escritorNicholas Kluge

Cognição e Consciência em Cérebros e Máquinas

Atualizado: 11 de nov. de 2021



O que realmente é a consciência e como ela evoluiu?


A ideia subjacente a este projeto é que uma concepção de consciência artificial deve considerar seriamente as propriedades de uma consciência natural a partir de um ponto de vista funcional; em outras palavras, como a consciência evoluiu e para que ela serve? Quais seriam as vantagens evolutivas para os organismos que possuem essa faculdade?


Uma das várias abordagens científicas frutíferas para compreender a consciência é estudar as suas origens evolutivas. Uma vez que abandonamos todo “pensamento mágico” sobre a natureza da consciência e tentamos entendê-la como um fenômeno biológico, torna-se imediatamente importante que, como todos os outros fenômenos biológicos e como a própria vida, ela deve ter evoluído ou por gradações ou por exaptação. Tentar investigar como a consciência evoluiu é fundamental para saber o "por quê" da consciência, ou seja, por que a consciência existe? Estas abordagens para a consciência referem-se à teoria firmemente enraizada na biologia evolutiva.


Nas últimas décadas, além do interesse evolucionário, a consciência se tornou um tópico de pesquisa estimulante na ciência cognitiva e em seu subcampo, a neurociência cognitiva. O fenômeno da consciência agora está sendo tratado pelos neurocientistas como um produto da atividade neural que pode ser entendida no nível neural. Várias teorias para a base neural da consciência foram propostas, sugerindo uma diversidade de sinais e mecanismos neurais e há necessidade de investigar se essa diversidade é real ou se muitas teorias compartilham as mesmas ideias básicas com um potencial de convergência para uma teoria unificada da base neural da consciência para propor um modelo sobre os sistemas cerebrais que podem dar suporte ao processo de consciência.


Uma hipótese frutífera para explorar diz respeito à intrincada ligação entre cognição e consciência. Um grande número de modelos para uma estrutura da consciência associa a consciência às arquiteturas cognitivas distintas ou padrões especiais de atividade distintos. Alguns exemplos são Attended Intermediate Level Representation Theory (AIR) de Jesse Prinz, Global Workspace Theory (GWT) de Bernard Baars, Multiple Drafts Model (MDM) de Daniel Dennett e as teorias neurobiológicas como a Somatic Markers Hypothesis (SMH) de Antonio Damasio e a High-order Emotional Theory de Joseph Ledoux (HOTEC).


Esses modelos podem fornecer estratégias viáveis para tentar preencher a lacuna entre os processos neurobiológicos e psicológicos. Desse modo, a possibilidade de compreender o papel das arquiteturas cognitivas para a função da consciência pode oferecer insights sobre os conceitos computacionais sobre a consciência de acordo com uma teoria de matiz cognitiva e funcionalista.


A interseção entre a neurociência cognitiva e a pesquisa em inteligência artificial (IA) criou efeitos sinérgicos em ambos os campos. Embora as descobertas neurocientíficas tenham inspirado o desenvolvimento de arquiteturas de IA, novas ideias e algoritmos da pesquisa de IA produziram novas maneiras de estudar os mecanismos do cérebro (um exemplo bem ilustrado é o caso da aprendizagem por reforço, que estimulou a pesquisa em neurociência sobre como os animais aprendem a ajustar o seu comportamento para maximizar a recompensa).


Logo, em um tipo de “iluminação mútua”, por um lado, um projeto de consciência artificial requer um modelo de arquitetura cognitiva para que a consciência para a implementação da teoria em computadores. Assim, a principal vantagem de uma arquitetura cognitiva naturalista para a consciência é poder sintetizar os vários resultados da psicologia cognitiva, neurociência cognitiva e biologia evolutiva em um modelo computacional abrangente de consciência artificial focado na questão funcional da consciência.




Para mais informações, entre em contato com nosso vice-presidente Diogo!

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